Juston, um governante muito querido, certa vez teve a brilhante ideia de criar uma assembleia popular unificada. Ele reuniu todas as pessoas que viviam em seu país, um enorme território de oito milhões de quilômetros quadrados, e escutou atentamente cada sujeito que se apresentava. Ele dividiu a escuta em duas partes: a primeira ele escutava todo o histórico de vida daquela pessoa. A segunda ele registrava todas as sugestões das pessoas de como melhorar a vida naquele país.
Depois de passar vários anos escutando todos os habitantes, Juston compilou um livro que continha sugestões e de como deveríamos viver, baseados em um senso comum de respostas que se repetiam. Ele tinha a certeza de que se a maioria concordava que o que estava no livro fossem coisas positivas, todos prosperariam. As populações passaram a seguir tudo o que estava escrito no livro de Juston.
Pouco tempo se passou e vários conflitos começaram em diferentes partes do território. As motivações eram várias, infinitas, difusas. Juston achou que o que potencialmente é bom para a maior parte das pessoas, seria o melhor para todas os habitantes. Queria ser um bom governante, fazer algo realmente eficaz para o país.
Juston finalmente entendeu que unificar o senso comum ignorava todas as particularidades da população, da geografia e da história de cada contexto regional.
Juston fracassou dentro dos limites em que ele podia atuar.
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