La Idea novamente na Feira MOTIM

Olá, passando aqui para anunciar que dias 2 e 3 de Dezembro estarei novamente participando da Feira MOTIM, em Brasília. Desta vez, a edição da Feira será no Museu Nacional da República, e estará aberto ao público das 11h às 19h, em ambos dias.
Serão mais de 200 expositorxs, de todo território dominado pelo estado brasileiro, em dois dias de muita doidera. Eu fiz um relato da minha participação na Feira em Maio deste ano, e você pode ler o relato clicando aqui.

La Idea presente na III Feira do Livro Anarquista de BH

Dias 19 e 20 de Agosto estarei com banquinha montada participando da 3ª Feira do Livro Anarquista de Belo Horizonte. O evento será realizado dia 19 no Espaço Comum Luiz Estrela e dia 20 no Centro Cultural Vila Aparecida. Confira a programação a seguir:

Para mais informações acessem:
https://feiraanarquistabh.noblogs.org/
https://www.instagram.com/feiraanarquistabh/

Organização: Kasa Invisível e COMPA (Coletivo Mineiro Popular Anarquista)



NUH! Festival de Artes Gráficas

Dias 16, 17 e 18 de junho eu estarei na Funarte participando do NUH! Festival de Artes Gráficas. Serão 3 dias de atividades, mostras de vídeos, feiras, palestras, exposições, mostra de vídeos, live-painting, DJ´s, etc… Estarei com todo meu leque de gravuras, camisetas, adesivos, zines, spokecards, prints e cartazes para venda.

16 de Junho – Sexta – das 18 às 21h
17 e 18 de Junho – Sábado e Domingo – das 11 às 19
Funarte – MG: Rua Januária, 68 – Centro de BH

Reunião Aberta – Kasa Invisível – 27/05 – parte 1

No último sábado, 27/05, teve a reunião aberta da Kasa Invisível juntamente com a inauguração da Biblioteca Invisível, nesta Okupa que já marcou seu lugar na história do Centro de BH.


As atividades estavam marcadas para serem iniciadas às 15h, e nós chegamos pouco antes das 16h e a Biblioteca ainda não havia sido devidamente inaugurada/apresentada. Foi ótimo poder ver a apresentação e o acervo da Kasa que tem muitos títulos, extremamente organizado. Minha salva de palmas para o GT Biblioteca. O acervo pode ser consultado no link https://kasainvisivel.librarika.com e o aluguel/cadastro é feito na própria Kasa Invisível.

Logo após a inauguração da Biblioteca Invisível, no primeiro andar, subimos para a reunião aberta no segundo andar, onde foram apresentados alguns slides sobre o que é a Kasa Invisível, de onde ela surgiu, histórico, suas ações, o Coletivo que pensa a gestão do espaço, as dificuldades, redes de solidariedade e o que desejam/sonham para o futuro do espaço.

Histórico

No início da apresentação, alguns membrxs do Coletivo gestor do espaço se apresentaram e logo já afirmaram as 3 linhas de pensamento/ação/práxis que atua a Kasa: Ação Direta, Apoio Mútuo e Autonomia.
A ocupação da Kasa aconteceu em 2013, e foi antecedida por outras ações de ocupações do espaço urbano, sendo que xs integrantes da Kasa participaram de várias destas movimentações. Na apresentação foi falado sobre algumas iniciativas que dialogam mais diretamente com a Kasa, portanto, irei dar mais ênfase à elas, tangenciado algumas outras iniciativas que já foram descritas por Lucas Pereira no texto sobre Heterotopias Belorizontinas.
Das experiências narradas na apresentação, o Domingo 9 e 1/2 (2007-2010) talvez tenha sido a experiência mais duradoura e que possibilitou a consolidação da rede de jovens ativistas que hoje estão presentes ou que apoiam a atuação da Kasa Invisível. O evento consistia em encontrar um domingo por mês, no palco que foi construído debaixo do Viaduto Santa Tereza, de frente à entrada da Serraria Souza Pinto. O espaço havia sido recém reformado, e pouco tempo depois foi ocupado, por exemplo, pelo Duelo de MC´s. O Domingo 9 e 1/2 eram encontros de chamada aberta para discussões, bate-papos, contrainformação, amizades, apresentações artísticas, que não necessitavam de tópicos especiais/pré-determinados, nem de alguém responsável pelas convocatórias. Os encontros simplesmente aconteciam.
Também foi apresentada a iniciativa da Loja Grátis (2008-2009), ideia surgida no Domingo 9 e 1/2 e que acabou virando um espaço físico. Durante o Domingo 9 e 1/2 as pessoas poderiam levar pertences em boas condições de uso e disponibilizar para que qualquer pessoas pudesse pegar e usar, sem a necessidade de troca. Porém, com o tempo, as pessoas não levavam os pertences não coletados de volta, e um companheiro acabou acumulando tudo em casa. Daí veio a necessidade de um espaço físico onde esses pertences aptos para doação pudessem ser encontrados por qualquer pessoa, sem a necessidade de acúmulo na casa de ninguém, nem de um evento específico para que os objetos pudessem ser expostos. Assim surgiu a Loja Grátis que ocupava uma pequena loja no Mercado Novo, local este que estava em um andar marcado pelo abandono pós-incêndio, e que estava sendo cotado para se tornar um grande estacionamento no centro da capital.
Outra iniciativa que apareceu na apresentação foi o Espaço Ystilingue (2008~2012). O Espaço era uma sobreloja situada na varanda do Edifício Maletta, local que ficava fechado para transeuntes a partir de certo horário da noite. Lá era um ponto de apoio para guardar materiais, livros e também um espaço de encontro para saídas, reuniões, pequenos eventos, galeria de arte, biblioteca comunitária, videoteca, cooperativas.
Todas estas iniciativas eram marcadas por forte experimentalismo, também com propostas em compreender espaços que estão vagos/em desuso e como podem ser utilizados de outras formas.

Além disso, o início da Praia da Estação em 2010, com chamada aberta para concentração aos domingos às 9 e 1/2 da manhã (horário sugestivo) é também um tema que merece seu espaço no histórico de luta, pois o evento cresceu de tal forma que ampliou seu espaço de atuação, moldou-se a partir de outras estratégias e foi, posteriormente, cooptado por “lideranças políticas” cujo intuito era crescer dentro da política institucional. O Chamado aberto para a Praia foi uma resposta ao decreto de lei do então prefeito Márcio Lacerda que proibia eventos na Praça da Estação, sendo sua justificativa o excesso de barulho, multidões, vandalismos, etc.
Também foi comentado, sobretudo entre pessoas que estavam presentes na apresentação, de outra proposta que também atuou no Maletta de forma similar: o Gato Negro. O Gato Negro é um coletivo de difusão de ideias, discussão, ação direta sobre anarquismo/veganismo. O espaço contava com biblioteca, videoteca e também era um ponto de encontro e foi um espaço onde muitas redes foram criadas, inclusive por pessoas que hoje estão ativas na Kasa. O Ystilingue “bebeu” muito da experiência do Gato Negro, inclusive ambos espaços funcionavam em lojas cedidas por um compa que herdou as lojas no edifício.
As Jornadas de Junho (2013), série de manifestações contra o aumento das passagens de transportes coletivos, contras os gastos em reformas de estádios e a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no país e contra a utilização dos megaeventos como justificativa para remoção e despejo de milhares de famílias também foi um evento marcante, onde mais redes de luta e de apoio mútuo se consolidaram, e ocorreu no mesmo ano de ocupação da Kasa Invisível. Também foi um marco importante no fortalecimento de assembleias como a APH (Assembleia Popular Horizontal) e de alguns Grupos de Trabalho (essas informações ainda precisam ser confirmadas), como o GT de Mobilidade (que gerou Tarifa Zero).

Acho que vale a pena pontuar, também, outras iniciativas que ocorreram na capital e que não foram apresentadas/ou foram apresentadas de forma rápida na apresentação, e que EU considero que também foram atividades importantes, muitas também descritas no livro de Lucas Pereira linkado acima:
Vendendo Peixe (Mercado Novo), Escola Autônoma de Feriado – EAF (Casa Azucrina, e depois Casa Somática), Casa Somática (Vila Suzana), Terra Preta (Ocupação Guarani-Kaiowá/BH), Vá de Branco (Praça da Estação), Bicicletada (ruas de BH), Olympia Coop-bar (Maletta), Carnaval Revolução (aconteceu em diversos espaços, durante o período de carnaval), Insituto Helena Greco – IHG (Santa Tereza), Universidade Pirata (Viaduto Santa Tereza), Piolho Nababo (Leilão itinerante de arte com valor mínimo de R$1,99).

Como podemos ver, vários desses espaços, antes ocupados por iniciativas de jovens ativistas que lutaram muito para conseguir o direito à participação na vida urbana, hoje são espaços gentrificados ou em processo de gentrificação, voltados para um público da elite intelectual e negados à população comum. Bares com valores inacessíveis, ambientes livres de ambulantes e com alta vigilância. Essa discussão se encontra presente nas atividades da Kasa, pois ela se encontra em uma enorme região de disputa, um bairro nobre na região central da cidade, cada vez mais visada aos processos de gentrificação e higienização. A consolidação desta okupação como um ponto de referência para atividades e encontros para estes tipos de discussões e ações, trafegam na contra-mão da especulação imobiliária e dos planos que a política institucional propõem para a região.


MOTIM – Um fim de semana em Brasília

Sexta-feira, 05/05 foi um dia agitado. Após dois turnos tendo aula e apresentando trabalho sobre Foucault, retorno à minha casa para me preparar pra viagem. Enquanto organizo minhas coisas, o Wallison, da Editora Impressões de Minas, passa na minha casa pra deixar as caixas de livros pr’eu levar pro Motim também. São 3 volumes e eu ainda levaria minha mochilona mensageira de 48 litros e mais uma pasta A2 com minhas gravuras. Eu não andava tão empolgado por conta de uma alteração que a Buser fez na minha passagem de ida. Transformou o Leito que eu comprei, já imaginando que eu estaria cansadérrimo, em um Semi-Leito. Inclusive, mudou a empresa terceirizada que faria a rota também. Alegaram problemas mecânicos no ônibus contratado.
Chegando no local do embarque, o motorista me informa que as caixas não são bagagens, são mercadorias, e que eu deveria pagar R$15 por volume. Eu pergunto se eu deveria pagar pelo aplicativo e o motorista me pergunta se sou professor. Sim, também estranhei na hora. Eu disse que era professor de artes visuais, e ele me diz que “vai me dar uma moral na mercadoria” por eu ser professor e guardou as caixas e a pasta A2 no bagageiro do veículo.
O ônibus saiu às 20h em ponto com destino a Brasília. Talvez o meu cansaço me impediu de processar toda aquela situação. Eu apaguei durante a viagem.

Plano Piloto

Como é de costume, despertei pouco antes do nascer do sol. Adentramos Brasília já nos primeiros minutos de luz e a chegada ao Hotel Nacional para o desembarque ocorreu às 7h em ponto. A pontualidade me impressionou bastante. Como a montagem do evento seria somente a partir das 8:30, liguei pro meu amigo Dois Sete pra dar um pulinho na casa dele antes do evento. O Dois Sete e sua companheira Natália iriam me alojar durante minha estadia na Capital, e essa passadinha na casa deles antes do evento foi fundamental para usar o banheiro, me alimentar, conversar um pouco sobre a cidade e dar um tapa na aparência, pois a cara de derrota era evidente. O Dois Sete é amigo meu há uns 20 anos se pá, e nesse rolé em Brasília foi fundamental o apoio que ele me ofereceu em meio à minha correria.

É curioso como as imagens imaginárias que temos de lugares que nunca fomos são sempre diferentes, e os lugares in loco nos surpreendem muito. Não fazia a menor ideia de que haviam árvores em Brasília. Eu sei, é bobo pensar assim, mas é um imaginário que eu tinha. Também imaginava uma cidade só de prédios, sem gente. Mas o final de semana que passei pude perceber muita gente nas ruas, de verdade. Pode ser que seja por causa do fim de semana e nesse recorte espacial do evento, mas é uma impressão que tive.
Mas o Dois Sete e a Natália estavam me dizendo várias curiosidades sobre a cidade, a quantidade de parques e áreas verdes, parques abertos, locais de práticas esportivas, de lazer, como funcionam os setores do comércio. Fiquei muito curioso pra entender qual a lógica dessa cidade, como ela funciona. Eles me disseram que as Regiões Administrativas (Cidades Satélites) são bem diferentes do Plano Piloto, e que depois vale a pena ir com mais calma pra conhecer esses locais.

Chegando no evento

O Dois Sete me ajudou a colocar minhas coisas no carro e me deu carona pra Galeria dos Estados, onde ocorreu o evento. A Galeria fica embaixo do “Eixão”, como os locais chamam a via que faz uma ligação Asa Norte/Asa Sul, e é um vão livre, todo grafitado, com áreas verdes ao redor. Se servir de comparação (e eu não sei se estou certo) me lembrou um pouco a parte debaixo do Viaduto Santa Tereza em BH, pensando nas intervenções artísticas, no espaço em si, e em como a população utiliza o local.
Rapidamente encontramos as mesas, que estavam numeradas, colocamos o forro preto que foi disponibilizado pela produção do evento, e já começamos a montar tudo. Digo ambos, porque o Dois Sete me ajudou a abrir as caixas, dispôs os livros e organizou boa parte da mesa da Impressões de Minas. Também me ajudou e passar um barbante pelo cabo de aço que estava no teto para podermos criar um varal para deixar as gravuras mais a mostra.

Motim no Sábado

No sábado o público demorou um pouco para começar a chegar, pelo menos na mesa em que eu estava. Já eram mais de 14h quando as vendas começaram. E tudo que foi tranquilo nas primeiras horas, virou um caos chegando no final. Como eu estava cuidando de duas banquinhas, percebi, e acabei aceitando, que sempre uma delas ficaria negligenciada. Não dá pra atender à todos com a calma necessária para explicar tudo. (E se alguém que passou pela mesa não curtiu o atendimento, peço minhas mais sinceras desculpas aqui).
Participar de feiras, ter contato com o público, trocar ideias, trocar materiais, tudo isso exige tempo e disposição, pois essas coisas não são fáceis. São cansativas, e ali eu era dois. Demorei um pouco pra me acostumar com essa dinâmica.
Quando o público começou a aparecer de verdade não tive tempo de comer. Por sorte, a Natália me presenteou com uma marmitinha de frutas antes de sair pro evento, e isso foi essencial para segurar a fome durante a tarde. Também não havia ponto de energia pra carregar qualquer coisa, e a maquininha de cartão da Impressões de Minas estava descarregada. Por isso, precisei me concentrar pra anotar todas as vendas que eu fiz e que não são parte da minha produção. Tudo para não confundir tudo e depois se tornar um imbróglio, um pepino pra resolver.
Apesar do cansaço, da fome e da correria, deu tudo certo. Um amigo meu, o João, brasiliense que estou comigo na UFMG, deu uma passada por lá pra gente trocar ideia e ele buscar um queijo canastra meia cura que eu levei pra ele. Ele também me ajudou em alguns momentos com o atendimento à clientes quando eu estava ocupado. Foi tudo na raça.
Aproveitei o fim de feira para buscar minha camisa do Motim com o Leandro Mello, organizador da feira. Também aproveitei pra bater papo com algumas pessoas conhecidas que estavam por ali, outros feirantes.

Sábado de noite

No final da tarde, já escuro, Dois Sete apareceu na Feira e nos ajudou a desmontar as mesas. Saímos de lá, buscamos a Natália no caminho e fomos comer em food trucks estacionados num gramadão que é o canteiro central do Eixão. Comi batata rosti de brócolis, cenoura e abobrinha. Tava bem gostoso. Estávamos sentados comendo numa mesa de plástico e conversando, quando eu percebi todos estavam com agasalho, menos eu. Eu coloquei a camisa do Motim por cima da regata que eu estava usando. Nunca achei que eu sentiria frio em Brasília. No plano aberto corria uma brisa fresca que eu nunca achei que existiria em Brasília. Voltando ao carro, a primeira coisa que fiz foi colocar agasalho. Brasília sempre me pareceu um lugar quente, pelando, infernal. Mais uma surpresa.
Saímos de lá e fomos parar em um local chamado Infino´s, onde os jovens locais se encontram pra interagirem entre si. O Infinu´s é uma casa de show bem apertadinha, situada dentro de um passeio/beco cheio de comércios. Haviam muitas pessoas tomando cervejas, drinks, comendo fatias de pizza, um DJ tocava mais ao fundo, e algumas pessoas vendiam discos de vinil. Fiquei tentado a comprar algumas pérolas do punk e do crossover, mas acho que daria trabalho demais carregar discos a noite toda.
Ficamos um tempo ali trocando ideia, e depois entramos para assistir ao show de uma banda do sul que eu não lembro o nome. É um som bacana, limpo, bem trabalhado e que parecia ter muitos fãs locais. Dois Sete e eu ficamos o tempo todo assistindo à apresentação e trocando ideia sobre nossas profissões, nossas vidas, nossas dificuldades. No local eu tomo uma água e coco e uma água mineral. O cansaço já batia à porta.
Olho na parede do local e vejo uma colagens bem interessantes de autoria de alguém que tem o arroba de Tem Wifi na Lua. Esse nome não me era estranho.
A noite já estava terminando, entramos no carro e fomos pra casa. Chegando lá eu tomo um banho quentinho, e o abraço da água foi o convite pra ter uma noite se sono tranquila e pesada.

Domingueira

Domingo, pra variar, eu desperto cedo. Fico lendo alguns livros na estante da casa enquanto os anfitriões não acordam. Aproveitei para fotografar algumas ilustrações da biografia do Fela Kuti que eu busquei por anos na internet e não achava em nenhum lugar. Também contemplei o horizonte de Brasília enquanto tomava água e guardei as maquininhas de cartão e o celular que passaram a noite carregando a bateria. Brasília tinha um céu muito azul, muito vivo, sem nuvens. Muito diferente da massa carregada que paira sobre o ar parado de BH.
Os anfitriões acordam e tomamos café enquanto batemos papo. Aprendo mais ainda sobre a cidade. Conversando com os dois minha curiosidade sobre a região só aumenta. Nunca achei que eu fosse me interessar por Brasília.
Após o café, pegamos as coisas e rumamos pra Galeria dos Estados para o segundo dia da feira. Montamos as mesas com mais rapidez, já tínhamos prática. Dois Sete não ficou muito, logo retornou à sua casa para descansar mais. Na paradeira do domingo de manhã, fui tentar fortalecer algumas redes. Troquei mais ideias com o Oberas e o Kustella, que estavam logo ao lado da minha banquinha. Também troquei ideia com a Bea Lake, do coletivo Basuras que estava em frente. Ela mora em BH, mas fomos nos conhecer apenas em Brasília. Ao lado dela, a Flaviana estava com sua banquinha montada. Ela atende com o perfil Tem Wifi na Lua (sim, o mesmo que eu tinha visto no Infinu´s na noite anterior) e eu fui lá dar um Oi. Também conheci o Fernando da Amebis, o Rafel Trinco, a Dona Dorah, tirei uma foto com o Caio Gomez (que a Rebeca Prado me disse que eu TINHA que conhecê-lo) e também conheci o Diogo Rustoff, uma das grandes referência na técnica do stencil e dos cartazes lambe-lambe, sou fã mesmo.
Não deu pra circular muito no domingo, pois o Eixão estava fechado para os carros e o fluxo de pessoas era bem grande, o movimento na Feira começou cedo.

O domingo de feira foi bastante corrido. Bem que todas as pessoas nos avisaram que o movimento iria ser maior. Não consegui ter muito descanso e isso, de certa maneira, foi muito bom. Eu gosto muito quando as pessoas param pra trocar ideia sobre as gravuras, onde eu posso explicar um pouco as minhas ideias, as técnicas que eu uso e os porquês das temáticas, e gosto quando elas também compartilham comigo as impressões que elas têm sobre minha produção. Isso é algo muito enriquecedor.
No domingo eu já estava mais acostumado à dinâmica de vendas nas duas banquinhas e me fiz mais esperto pra conseguir atender todo mundo. Também aproveitei o desconto do Gomes e Bebes pra comer um sanduba veggie de almoço, tava bom pra caramba. O entregador levava lá na mesa o rango em uma geladeirinha portátil. Isso salvou.
Tentei colocar um caderninho de sketchs pra rodas entre os feirantes, mas acabou que na correria consegui sketchs de poucas pessoas, mas valeu a pena os laços feitos.
Durante o domingo também pude trocar ideia com o pessoal do Miolo Frito, do Quadradinhas.LTG, da Santa Blasfêmia, da Ju Serejo e com o cara daquelas tirinhas do Capirotinho. Vi também brevemente o Hyper e a Estranha Dupla em raros momentos de tranquilidade. Não pude interagir muito, mas foi massa demais ter conhecido a galera. Tava precisando disso, de fortalecer um pouco a rede. Teria sido mais legal se eu tivesse a oportunidade de circular mais, conhecer outras pessoas que estavam expondo e ver banquinhas que eu conheço apenas de forma virtual. Nas próximas isso irá rolar com mais facilidade.
A Galeria dos Estados e seu entorno estavam lotados. Tinha muita gente que passou a dia ali. Você olhava pra feira e pra parte externa e haviam muitas pessoas. Achei o máximo o evento contar com muito público o dia todo.

Domingo de noite e saldo da correria

A noite chegava no domingo, a iluminação já não estava tão boa e o público começava a se dispersar. Aproveitei que Dois Sete e Natália já estavam no local e começamos a arrumar as coisas. Em termos de vendas foi bem proveitoso, tanto pra mim quanto pra Impressões de Minas. Não posso falar pela editora, mas eu nunca tinha chegado nem perto de vender a quantidade de coisas que vendi em Brasília. Isso me deu muito ânimo de continuar.
Me despedi das pessoas que conheci e com quem convivi na Feira durante o fim de semana, troquei rapidamente alguns materiais e já partimos pro carro em direção a algum lugar para comer. Meu ônibus partiria às 20:30 e eu não queria atrasar.

Fomos parar em um setor onde haviam vários restaurantes veganos. Escolhemos um que se chamava Japa Vegana, e logo já devoramos um Sushirrito (mistura de sushi com burrito). A comida tava muito boa, insanamente gostosa, e foi o fechamento perfeito desse final de semana intenso que eu passei em Brasília. Dois Sete e Natália me ajudaram muito, e a foto final, prestes a comer é muito simbólica do que foi tudo isso.

Volta pra Beagá

Claro que na volta pra BH tinha que ter acontecido alguma coisa. Da mesma forma como ocorreu na ida, o motorista implicou com as caixas. Disse que era mercadoria e que não poderia embarcar (diferentemente do outro que tentou me extorquir). Ao invés de três, agora eram apenas duas caixas e minha pasta A2. O motorista só aceitou despachar a mala depois que eu concordei em assumir o BO das caixas caso o ônibus fosse parado pela fiscalização. A alegria da volta, foi a surpresa de ter comprado um Semi-leito e ter ganhado um Leito individual. Pro meu conforto e pruma boa noite de sono, eu estava mais que satisfeito. Apaguei como uma rocha. Cansado, exausto, mas feliz com tudo que tinha acontecido no Motim.
Beagá, por sua vez, me recebeu de braços abertos e me apertou forte com um engarrafamento na BR-040, de Neves até a Delta, e depois na Tereza Cristina. Foi ótimo ver o trânsito parado, acompanhando a massa de ar seco que pairava no horizonte.
Só tenho a agradecer à todos que conheci em Brasília, à quem adquiriu obras, a quem compartilhou, ao Mello pelo evento fantástico, e aos amigos que reencontrei por lá.
Me sinto bem.

6 e 7 de Maio em Brasília

Dias 6 e 7 de Maio estarei em Brasília participando do @edicoesmotim . Só chegar na Galeria dos Estados a partir das 11h e ver o tanto de gente foda que estará expondo por lá. Levarei algumas obras inéditas, gravuras clássicas, adesivos, prints e camisetas. Eu estarei na mesa 33, aos lados dos amigos da @impressoesdeminaseditora e do compa @_oberas

Bora!!!

Feira Urucum

Dias 4 e 5 de fevereiro (a.k.a. próximo fds) estarei com banquinha montada na Feira Urucum. Esta Feira é organizada pela Editora Impressões de Minas, e fará parte do evento Verão Arte Contemporânea na FUNARTE. Só chegar chegando, que o evento tem uma programação bem daora, e durante todo o tempo estarei com minha banquinha aberta para receber vocês, colocar o papo em dia, fazer novas amizades, e pá.

Programação de fim de ano

Passando aqui para avisar locais onde você pode adquirir os produtos feitos aqui no estúdio e, quem sabe, presentear alguém que curta esses trabalhos. Além da minha loja virtual, onde todo meu estoque está disponível com entregas em todo território, irei participar de dois eventos nesse fim de ano. O Prisma Arte e a Feira Vendo.

O Prisma será um evento com mais atrações, mais artistas, entrada gratuita em uma casa no bairro Sion. 3 dias de eventos.

Já a Feira Vendo será uma feira menor, mas com vários outros expositores também, na Faculdade de Educação da UEMG, que fica no bairro Cidade Jardim.

Além dessas duas opções em Belo Horizonte, onde você poderá ver meu trabalho fisicamente, em São Paulo tem vários produtos meus disponíveis para pronta entrega no Espaço Colaborativo da Ciclo Costura, na Vila Ipojuca. Confira os horários de funcionamento dos espaços, e colaborem com o décimo terceiro de produtores/artistas autônomos/independentes.

Desconto de fim de ano

O meu desejo de investimento no meu atelier depende da quantidade de dinheiro disponível para tais planos. Começando pelos móveis da cozinha, como uma despensa para guardar utensílios e mantimentos, e na sala de serigrafia, para conseguir aumentar a produção e melhorar o nível dos cursos.

Para isso, durante o mês de Dezembro as gravuras e pôsteres estão com desconto de 30% (use o código FCKNZS) e as seção de camisas segue com valor promocional até que esses modelos se esgotem.

Lembrando que a entrega é gratuita em BH, em dia, hora e local a combinar.

Acesse a loja clicando aqui.

Reflexões sobre a oficina no Memorial

No dia 27/07 eu fui convidado para propor uma oficina voltada para crianças no Memorial Minas Vale. Enviei duas propostas e a equipe do educativo curtiu a proposta de uma oficina de impressão de estêncil. Colocamos as diretrizes: média de idade entre 7 e 12 anos, público passante, estêncil com referências ao acervo do local, máximo de 15 pessoas na oficina para não tumultuar, oficina com 2 horas de duração. Tudo certo. Eu e minha esposa fomos ao Memorial fotografar algumas peças para usar de referência e tivemos várias surpresas. Não sei se é o meu preconceito com Museus e Galerias, ou com o Circuito da Pça da Liberdade, ou com as grandes empresas que dominam tudo, mas o local me impressionou bastante. Muitas obras sobre Minas Gerais, praticamente contando a história da Estado, tem pintura rupestre, objetos, maquetes, referências contemporâneas, literárias, tem coisa do Sebastião Salgado, sala multimídia… te confesso que me deu um certo pesar de não conhecer este espaço antes.

A oficina foi em um sábado e eu passei toda a sexta feira cortando estêncil para a oficina. A maior parte das matrizes foram sobre pinturas rupestres. Fiz também o mapa regional de Minas Gerais em três matrizes, fiz um de uma decoração do Memorial e outro de um objeto bem específico, mas que representa bastante MG.

Chegamos em ponto e começamos a arrumar a mesa. Alguns membros da equipe do educativo me auxiliaram durante o processo, bem como minha esposa, parte essencial da fluidez do trabalho.

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Logo foram chegando o público do museu, e muitos já chegavam cedo para a oficina, para não perder lugar. A partir daí foram as duas horas mais curtas pelas quais eu já passei na minha vida. Chegavam e chegavam pessoas, traziam seus filhos, perguntavam coisas, pediam papel, eu e Natália, minha esposa, naquela correria de tentar atender todo mundo, explicar como funcionam as técnicas de impressão, como fazer com a tinta, etc. Nusga, quando vi já estava quase na hora de encerrar a oficina. Crianças e adultos de todas as idades acabaram fazendo a oficina. Isso mesmo, não se limitou à faixa entre 7 e 12 anos. Tinham crianças mais novas, adolescentes, jovens, adultos, muitos pais fazendo acompanhando filhos mais novos, sobrinhos e sobrinhas, muitas pessoas de outros estados passaram por ali, e eu pensando em quão rica pode ser uma experiência assim em uma manhã de sábado. Uma mãe presente me disse que gosta de ir fazer essas oficinas porque são os momentos em que ela consegue distrair do cansaço do dia a dia. Outro pai foi ajudar o filho, e o filho não gostou, então ele mesmo foi fazer a pintura/impressão dele. Vários familiares perguntando sobre os materiais, pois viram que são coisas simples de se fazer, e que, apesar da bagunça, entretém as crianças muito mais que um celular brilhando na cara delas. Algumas crianças se sujavam, pintavam com as mãos, outras eram mais sérias, queriam fazer algo esteticamente interessante, outras fizeram várias composições. Cabuloso. Muitas crianças vieram me agradecer ao final da oficina, e nisso eu me derreto. Adoro quando me agradecem por algo que eu compartilhei/ensinei/ajudei. Talvez seja o grau de satisfação que me eleva e me faz entender que estou na área certa, apesar dos pesares.

Enfim, só tenho a agradecer a todxs que participaram e ajudaram nesse rolé. Foi muito massa.

Feira do Núcleo paNe!!

Olá amigxs, bom dia.

Dia 27/04, das 13h as 20h, eu participarei de uma Feira de Impressos na Usina da Cultura, no Centro Cultural Nordeste (Rua Dom Cabral, 765, Ipiranga). Será um dia cheio de atividades, com uma programação bem massa. Parte dos organizadores, também eram produtores do Mercado Faísca, que eu expus durante muito tempo, então pode ter certeza que o evento será fino.

Clique aqui para visualizar a página do evento no Facebook.

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Aguardo vocês lá!!