Joan não entendia muito bem como foi que chegou naquele lugar. Tudo começou com uma curiosidade.
Joan morava em um pequeno povoado no interior. Este povoado sobrevivia da extração clandestina de metais preciosos do solo, que eram exportados para a metrópole. O pequeno povoado era constituído por cerca de cinquenta famílias, que trabalhavam exaustivamente na extração dos metais. Os pólos extrativistas situavam-se cerca de quinhentos metros da borda do povoado, e eram constituídos de dois grandes tambores, camuflados de montanhas, com vegetação abundante. Uma paisagem deslumbrante ao lado de uma pequena população.
Dentro destes tambores, que possuíam entrada através de uma gruta, uma série de escadarias e passarelas foram construídas para que os trabalhadores pudessem descer e acessar a região extrativista. A vista interna parecia um espaço completamente oco, um túnel horizontal vazio com um complexo de estruturas de metal para circulação de pessoas e de metais.
Mas Joan não sabia nada disso. Joan tinha uma curiosidade específica na entrada da gruta, um lugar tão precário e abandonado, mas sempre tão vigiado por câmeras.
Certa madrugada, Joan subiu o morro e começou a cavar a vegetação, pois queria acessar a gruta para entender como era sua cavidade.
Joan cavou tanto que provocou um enorme deslizamento de terra, que abalou a estrutura dos tambores. Tudo desmoronou.
Joan foi soterrade juntamente com toda matéria que escondia a extração clandestina. Joan abriu os olhos sob escombros e viu os cadáveres de antigos trabalhadores que haviam desaparecido.
Sem empregos, a população local passou a se dedicar à agricultura.