O povoado de Afyuha tinha seus habitantes compostos por dissidentes de grandes centros urbanos após o período de destruição total. Todos os grandes centros urbanos foram destruídos por conta de uma revolta que durou algumas centenas de anos, e que culminou na matança de vários líderes políticos e personalidades globais. Muita gente morreu na revolta, cabeças foram cortadas, e o impacto de destruição tornou as cidades completamente inabitáveis. Com a falta de recursos, dos mais diversos tipos, ninguém mais ousou estar no papel de governante, e vários grupos populacionais migraram para outras regiões para reconstruírem suas vidas.
Afyuha foi uma dessas repovoações, começou como um assentamento em uma região semi-árida, e logo seus moradores começaram um processo coletivo de gestão e infraestrutura do local, respeitando o que já existia no bioma. Conseguiram captar água do lençol freático com um sistema de bombas de bambu, e utilizaram todo o sistema de gotejamento para nunca faltar água para as plantações e hortas que serviam de subsistência e escambo com outras comunidades.
A medida que Afyuha crescia, todo o projeto era adaptado, seguindo normas básicas de coletividade e respeito à natureza aos indivíduos. Todas as decisões eram tomadas pelos grupos familiares que ali viviam, e todo trabalho era realizado de forma coletiva. Afyuha crescia em um formato espiralar, de forma que não existia centro, mas caminhos por onde quer que fosse.
Afyuhanes se orgulham muito de viver neste local, ainda que tenham um pouco de dificuldades para resolver conflitos entre seus habitantes. Independente de tudo, o povoado conseguiu prosperar, e o modelo têm sido utilizado de referência em outras repovoações próximas.
Ninguém queria outra guerra.