Olá personas, espero que se encontrem bem. Passando para avisar que nos dias 8 e 9 de novembro estarei na Biblioteca Mário de Andrade em São Paulo participando da Feira Miolos. Uma vez mais em 2025 terei a oportunidade de compartilhar espaços de feiras em São Paulo com grandes artistas das impressões e publicações autorais e independentes, além de ver grandes amizades e poder mostrar um pouco mais do que faço, conhecer mais pessoas e tals, ampliando esta grande rede de gente que trampa com papel. Nesta oportunidade, também fui convidado para participar do Papo Tatuí, gravando o episódio do podcast ao vivo no sábado às 17h. Estou bem ansioso com isto tudo. Nos vemos em breve. Até.
Domingo foi dia de ir na feira, ver as amizades, comprar quitutes e almoçar ao som de pagodes clássicos. Todos os anos eu aguardo ansiosamente a chegada deste dia. Meu roteiro é sempre o mesmo: o mesmo ponto de encontro com as pessoas que sempre me encontram ali uma vez ao ano; comprar caixas de chá mate a granel que vem da agricultura familiar do sul do país; e assistir aos músicos tocando pagode enquanto me delicio com um feijão tropeiro vegano feito por produtores locais. Costuma ser um dia ótimo. ♬Vem meu amor, não faz assim, você é tudo aquilo que sonhei para mim… O dia começou com uma cara de chuva, algo que estava fora do meu roteiro. Não que a chuva me impeça de fazer algo, mas quando você tem um evento em espaço aberto planejado, pensar duas vezes antes de sair de casa se torna algo comum. Nuvens carregadas, ventos frescos, clima abafado. Apesar disto tudo, penso que o dia me espera de braços abertos. ♬Com esse seu jeito faz o que quer de mim, domina o meu coração… Eu, que sou um grande fã da iguaria indígena denominada cientificamente de Ilex paraguariensis, possivelmente de origem 100% Guarani, aguardo todo ano por este vendedor que vem do sul do país. Ele produz uma leva que possui uma tostagem mais controlada que esses industrializados que se vende em supermercados. O sabor fica mais forte, abraça o corpo por dentro, envolve o paladar de uma maneira que nenhuma outra bebida faz. ♬Olha nós outra vez no ar, o show tem que continuar… O tropeiro também é algo especial. Ele é feito com feijão de coloração roxa colhido em terras de agricultura familiar. É misturado com coco torrado, soja graúda não-transgênica frita no molho shoyu, couve com alho na manteiga de castanhas, linguiça de lentilhas artesanal cortadas em rodelas e servidos com arroz branco em um prato de plástico. O molho de pimenta, caseiro, é opcional. ♬É uma saudade imensa que partiu meu coração… Penso nisto tudo enquanto caminho em direção ao local da feira. O clima está ruim, fechado, mas eu acho que vale a pena a ida. Encontro com meus amigos e fico batendo papo durante um tempo. Sim, sempre encontro os mesmos amigos. É como se fosse um local onde todos saberemos quem estará presente. Após uns 40 minutos de conversas, começo a buscar nas barraquinhas pelo produtor do chá-mate. Depois de percorrer as 78 barraquinhas, descubro que desta vez ele não foi. O primeiro golpe atingiu meu coração em cheio. Minha compra anual de erva mate tostada pro meu chá diário foi cancelada, e com isso a primeira tristeza do dia. ♬ Quando eu te vi pela primeira vez, me encantei com seu jeitinho de ser… Passada a primeira frustração, sigo adiante para encarar a imensa fila do feijão tropeiro. Após alguns minutos em uma fila segurando o cardápio, descobri que estava na fila errada. Tive que entrar em uma fila específica do caixa, que demorou bastante até chegar minha vez. Na fila você só fica em pé, aguardando com ansiedade quando será a sua vez de pagar pelo serviço. Quando chegou a minha vez, tentei disfarçar meu descontentamento com o valor da iguaria. R$45 pelo prato de tropeiro. Paguei pensando que eu faria um rango melhor com essa grana em casa, mas achei que valeria a pena me desfrutar por uma última vez deste tropeiro tão fabuloso em minha memória. ♬Tira a calça jeans, bota o fio dental, morena você é tão sensual… Com minha ficha em mãos fui na barraquinha onde serviam o feijão tropeiro. Era uma barraquinha bem desorganizada, não haviam filas, mas sim um aglomerado de pessoas gritando e tentando fazer o pedido antes das outras. Um verdadeiro caos. Eu esperei pacientemente até que alguém me atendesse sem eu precisar disputar atenção com pessoas muito mais engajadas na missão do que eu. Um senhora me atendeu com bastante calma e começou a preparar meu prato após pegar minha ficha. Ela serviu a refeição no prato, me deu juntamente com um garfinho de plástico e disse que o molho de pimenta era a parte, que eu poderia me servir a vontade. Assim o fiz. ♬Eu te quero só pra mim, como as ondas são do mar… Enquanto voltava para o local onde estavam minhas companhias, observei que o tropeiro não estava tão rechonchudo como o do ano passado. Não tinha coco, e a linguiça não parecia ser a de lentilha que eu tanto gostava. Além disso, a porção de tropeiro era visivelmente menor que a de arroz, me fazendo refletir se realmente valiam os R$45. Enquanto caminhava me desviando das pessoas, dei um passo para o lado e me detive em um lugar seguro cedendo passagem para uma pessoa cadeirante que também tentava atravessar o mar de pessoas, só que para o outro lado. Para o meu azar, me detive atrás de um grupo de pessoas que não haviam percebido a situação, e uma delas deu um passo para trás abrindo os braços para simular alguma situação que conversava com seus amigos. Seu braço foi ao encontro do meu prato, enquanto eu me contorcia todo pra tentar equilibrar minha tão sonhada refeição. ♬Você só colheu o que você plantou… Não teve jeito, meu pratinho virou e 89% da porção de tropeiro caiu, indo direto para o chão. Quando olho para o que sobrou praticamente só vejo arroz, pensando que no prato tinha tanto arroz que nem ia fazer falta se eu perdesse um pouco dele ao invés do tropeiro. Não dei conta, um xingamento saiu de minha boca, todo mundo ouviu. Fico olhando para a pessoa que começou toda a confusão, e ela me xinga dizendo que eu estava parado atrás dela. Isso me revolta bastante. ♬Eu te vejo nos meus sonhos, e isso aumenta mais a minha dor… Acabei almoçando um arroz de R$45, sem meu mate tostado, ouvindo pagode ao vivo enquanto caía uma garoa disfarçando minhas lágrimas.
Alou alou pessoal, tudo certo por aí? Passando para anunciar minha participação na Feira da Delícia Impressa que vai rolar nos dias 15 e 16 de março de 2025, das 12 às 20h, no Solar dos Abacaxis (Rua do Senado 58). Estarei com banquinha cheia aguardando a visita de vocês. Será minha primeira feira no Rio de Janeiro e a expectativa está bem alta!!
Olá, passando aqui para anunciar que dias 2 e 3 de Dezembro estarei novamente participando da Feira MOTIM, em Brasília. Desta vez, a edição da Feira será no Museu Nacional da República, e estará aberto ao público das 11h às 19h, em ambos dias. Serão mais de 200 expositorxs, de todo território dominado pelo estado brasileiro, em dois dias de muita doidera. Eu fiz um relato da minha participação na Feira em Maio deste ano, e você pode ler o relato clicando aqui.
Será um dia de evento de flashes tattoos, exposições e muita gente cabulosa mostrando seus trabalhos, com muita coisa massa sendo vendida pra aproveitar a celebração do dia dos pais também pra fazer girar uma verba pra quem é artista.
Feira Vendo / Nossa Feira Sábado, 12/08, 10 as 18h, Rua dos Aimorés, 1167 (Arreda Galeria Estúdio), BH/MG
Sexta-feira, 05/05 foi um dia agitado. Após dois turnos tendo aula e apresentando trabalho sobre Foucault, retorno à minha casa para me preparar pra viagem. Enquanto organizo minhas coisas, o Wallison, da Editora Impressões de Minas, passa na minha casa pra deixar as caixas de livros pr’eu levar pro Motim também. São 3 volumes e eu ainda levaria minha mochilona mensageira de 48 litros e mais uma pasta A2 com minhas gravuras. Eu não andava tão empolgado por conta de uma alteração que a Buser fez na minha passagem de ida. Transformou o Leito que eu comprei, já imaginando que eu estaria cansadérrimo, em um Semi-Leito. Inclusive, mudou a empresa terceirizada que faria a rota também. Alegaram problemas mecânicos no ônibus contratado. Chegando no local do embarque, o motorista me informa que as caixas não são bagagens, são mercadorias, e que eu deveria pagar R$15 por volume. Eu pergunto se eu deveria pagar pelo aplicativo e o motorista me pergunta se sou professor. Sim, também estranhei na hora. Eu disse que era professor de artes visuais, e ele me diz que “vai me dar uma moral na mercadoria” por eu ser professor e guardou as caixas e a pasta A2 no bagageiro do veículo. O ônibus saiu às 20h em ponto com destino a Brasília. Talvez o meu cansaço me impediu de processar toda aquela situação. Eu apaguei durante a viagem.
Plano Piloto
Como é de costume, despertei pouco antes do nascer do sol. Adentramos Brasília já nos primeiros minutos de luz e a chegada ao Hotel Nacional para o desembarque ocorreu às 7h em ponto. A pontualidade me impressionou bastante. Como a montagem do evento seria somente a partir das 8:30, liguei pro meu amigo Dois Sete pra dar um pulinho na casa dele antes do evento. O Dois Sete e sua companheira Natália iriam me alojar durante minha estadia na Capital, e essa passadinha na casa deles antes do evento foi fundamental para usar o banheiro, me alimentar, conversar um pouco sobre a cidade e dar um tapa na aparência, pois a cara de derrota era evidente. O Dois Sete é amigo meu há uns 20 anos se pá, e nesse rolé em Brasília foi fundamental o apoio que ele me ofereceu em meio à minha correria.
Passageiros desembarcados em frente ao Hotel NacionalVista de Brasília
É curioso como as imagens imaginárias que temos de lugares que nunca fomos são sempre diferentes, e os lugares in loco nos surpreendem muito. Não fazia a menor ideia de que haviam árvores em Brasília. Eu sei, é bobo pensar assim, mas é um imaginário que eu tinha. Também imaginava uma cidade só de prédios, sem gente. Mas o final de semana que passei pude perceber muita gente nas ruas, de verdade. Pode ser que seja por causa do fim de semana e nesse recorte espacial do evento, mas é uma impressão que tive. Mas o Dois Sete e a Natália estavam me dizendo várias curiosidades sobre a cidade, a quantidade de parques e áreas verdes, parques abertos, locais de práticas esportivas, de lazer, como funcionam os setores do comércio. Fiquei muito curioso pra entender qual a lógica dessa cidade, como ela funciona. Eles me disseram que as Regiões Administrativas (Cidades Satélites) são bem diferentes do Plano Piloto, e que depois vale a pena ir com mais calma pra conhecer esses locais.
Chegando no evento
O Dois Sete me ajudou a colocar minhas coisas no carro e me deu carona pra Galeria dos Estados, onde ocorreu o evento. A Galeria fica embaixo do “Eixão”, como os locais chamam a via que faz uma ligação Asa Norte/Asa Sul, e é um vão livre, todo grafitado, com áreas verdes ao redor. Se servir de comparação (e eu não sei se estou certo) me lembrou um pouco a parte debaixo do Viaduto Santa Tereza em BH, pensando nas intervenções artísticas, no espaço em si, e em como a população utiliza o local. Rapidamente encontramos as mesas, que estavam numeradas, colocamos o forro preto que foi disponibilizado pela produção do evento, e já começamos a montar tudo. Digo ambos, porque o Dois Sete me ajudou a abrir as caixas, dispôs os livros e organizou boa parte da mesa da Impressões de Minas. Também me ajudou e passar um barbante pelo cabo de aço que estava no teto para podermos criar um varal para deixar as gravuras mais a mostra.
Mesa de gravuras montada com varal adaptado
Motim no Sábado
No sábado o público demorou um pouco para começar a chegar, pelo menos na mesa em que eu estava. Já eram mais de 14h quando as vendas começaram. E tudo que foi tranquilo nas primeiras horas, virou um caos chegando no final. Como eu estava cuidando de duas banquinhas, percebi, e acabei aceitando, que sempre uma delas ficaria negligenciada. Não dá pra atender à todos com a calma necessária para explicar tudo. (E se alguém que passou pela mesa não curtiu o atendimento, peço minhas mais sinceras desculpas aqui). Participar de feiras, ter contato com o público, trocar ideias, trocar materiais, tudo isso exige tempo e disposição, pois essas coisas não são fáceis. São cansativas, e ali eu era dois. Demorei um pouco pra me acostumar com essa dinâmica. Quando o público começou a aparecer de verdade não tive tempo de comer. Por sorte, a Natália me presenteou com uma marmitinha de frutas antes de sair pro evento, e isso foi essencial para segurar a fome durante a tarde. Também não havia ponto de energia pra carregar qualquer coisa, e a maquininha de cartão da Impressões de Minas estava descarregada. Por isso, precisei me concentrar pra anotar todas as vendas que eu fiz e que não são parte da minha produção. Tudo para não confundir tudo e depois se tornar um imbróglio, um pepino pra resolver. Apesar do cansaço, da fome e da correria, deu tudo certo. Um amigo meu, o João, brasiliense que estou comigo na UFMG, deu uma passada por lá pra gente trocar ideia e ele buscar um queijo canastra meia cura que eu levei pra ele. Ele também me ajudou em alguns momentos com o atendimento à clientes quando eu estava ocupado. Foi tudo na raça. Aproveitei o fim de feira para buscar minha camisa do Motim com o Leandro Mello, organizador da feira. Também aproveitei pra bater papo com algumas pessoas conhecidas que estavam por ali, outros feirantes.
Sábado de noite
No final da tarde, já escuro, Dois Sete apareceu na Feira e nos ajudou a desmontar as mesas. Saímos de lá, buscamos a Natália no caminho e fomos comer em food trucks estacionados num gramadão que é o canteiro central do Eixão. Comi batata rosti de brócolis, cenoura e abobrinha. Tava bem gostoso. Estávamos sentados comendo numa mesa de plástico e conversando, quando eu percebi todos estavam com agasalho, menos eu. Eu coloquei a camisa do Motim por cima da regata que eu estava usando. Nunca achei que eu sentiria frio em Brasília. No plano aberto corria uma brisa fresca que eu nunca achei que existiria em Brasília. Voltando ao carro, a primeira coisa que fiz foi colocar agasalho. Brasília sempre me pareceu um lugar quente, pelando, infernal. Mais uma surpresa. Saímos de lá e fomos parar em um local chamado Infino´s, onde os jovens locais se encontram pra interagirem entre si. O Infinu´s é uma casa de show bem apertadinha, situada dentro de um passeio/beco cheio de comércios. Haviam muitas pessoas tomando cervejas, drinks, comendo fatias de pizza, um DJ tocava mais ao fundo, e algumas pessoas vendiam discos de vinil. Fiquei tentado a comprar algumas pérolas do punk e do crossover, mas acho que daria trabalho demais carregar discos a noite toda. Ficamos um tempo ali trocando ideia, e depois entramos para assistir ao show de uma banda do sul que eu não lembro o nome. É um som bacana, limpo, bem trabalhado e que parecia ter muitos fãs locais. Dois Sete e eu ficamos o tempo todo assistindo à apresentação e trocando ideia sobre nossas profissões, nossas vidas, nossas dificuldades. No local eu tomo uma água e coco e uma água mineral. O cansaço já batia à porta. Olho na parede do local e vejo uma colagens bem interessantes de autoria de alguém que tem o arroba de Tem Wifi na Lua. Esse nome não me era estranho. A noite já estava terminando, entramos no carro e fomos pra casa. Chegando lá eu tomo um banho quentinho, e o abraço da água foi o convite pra ter uma noite se sono tranquila e pesada.
Domingueira
Domingo, pra variar, eu desperto cedo. Fico lendo alguns livros na estante da casa enquanto os anfitriões não acordam. Aproveitei para fotografar algumas ilustrações da biografia do Fela Kuti que eu busquei por anos na internet e não achava em nenhum lugar. Também contemplei o horizonte de Brasília enquanto tomava água e guardei as maquininhas de cartão e o celular que passaram a noite carregando a bateria. Brasília tinha um céu muito azul, muito vivo, sem nuvens. Muito diferente da massa carregada que paira sobre o ar parado de BH. Os anfitriões acordam e tomamos café enquanto batemos papo. Aprendo mais ainda sobre a cidade. Conversando com os dois minha curiosidade sobre a região só aumenta. Nunca achei que eu fosse me interessar por Brasília. Após o café, pegamos as coisas e rumamos pra Galeria dos Estados para o segundo dia da feira. Montamos as mesas com mais rapidez, já tínhamos prática. Dois Sete não ficou muito, logo retornou à sua casa para descansar mais. Na paradeira do domingo de manhã, fui tentar fortalecer algumas redes. Troquei mais ideias com o Oberas e o Kustella, que estavam logo ao lado da minha banquinha. Também troquei ideia com a Bea Lake, do coletivo Basuras que estava em frente. Ela mora em BH, mas fomos nos conhecer apenas em Brasília. Ao lado dela, a Flaviana estava com sua banquinha montada. Ela atende com o perfil Tem Wifi na Lua (sim, o mesmo que eu tinha visto no Infinu´s na noite anterior) e eu fui lá dar um Oi. Também conheci o Fernando da Amebis, o Rafel Trinco, a Dona Dorah, tirei uma foto com o Caio Gomez (que a Rebeca Prado me disse que eu TINHA que conhecê-lo) e também conheci o Diogo Rustoff, uma das grandes referência na técnica do stencil e dos cartazes lambe-lambe, sou fã mesmo. Não deu pra circular muito no domingo, pois o Eixão estava fechado para os carros e o fluxo de pessoas era bem grande, o movimento na Feira começou cedo.
Público na banca vendo gravurasEscolhendo livrosEu e o Caio GomezEu e meu amigo João Ferreira
O domingo de feira foi bastante corrido. Bem que todas as pessoas nos avisaram que o movimento iria ser maior. Não consegui ter muito descanso e isso, de certa maneira, foi muito bom. Eu gosto muito quando as pessoas param pra trocar ideia sobre as gravuras, onde eu posso explicar um pouco as minhas ideias, as técnicas que eu uso e os porquês das temáticas, e gosto quando elas também compartilham comigo as impressões que elas têm sobre minha produção. Isso é algo muito enriquecedor. No domingo eu já estava mais acostumado à dinâmica de vendas nas duas banquinhas e me fiz mais esperto pra conseguir atender todo mundo. Também aproveitei o desconto do Gomes e Bebes pra comer um sanduba veggie de almoço, tava bom pra caramba. O entregador levava lá na mesa o rango em uma geladeirinha portátil. Isso salvou. Tentei colocar um caderninho de sketchs pra rodas entre os feirantes, mas acabou que na correria consegui sketchs de poucas pessoas, mas valeu a pena os laços feitos. Durante o domingo também pude trocar ideia com o pessoal do Miolo Frito, do Quadradinhas.LTG, da Santa Blasfêmia, da Ju Serejo e com o cara daquelas tirinhas do Capirotinho. Vi também brevemente o Hyper e a Estranha Dupla em raros momentos de tranquilidade. Não pude interagir muito, mas foi massa demais ter conhecido a galera. Tava precisando disso, de fortalecer um pouco a rede. Teria sido mais legal se eu tivesse a oportunidade de circular mais, conhecer outras pessoas que estavam expondo e ver banquinhas que eu conheço apenas de forma virtual. Nas próximas isso irá rolar com mais facilidade. A Galeria dos Estados e seu entorno estavam lotados. Tinha muita gente que passou a dia ali. Você olhava pra feira e pra parte externa e haviam muitas pessoas. Achei o máximo o evento contar com muito público o dia todo.
Público no eventoPúblico no eventoPúblico no eventoPúblico no eventoPúblico no eventoPúblico no eventoBurger Vegano do Gomes e Bebes
Domingo de noite e saldo da correria
A noite chegava no domingo, a iluminação já não estava tão boa e o público começava a se dispersar. Aproveitei que Dois Sete e Natália já estavam no local e começamos a arrumar as coisas. Em termos de vendas foi bem proveitoso, tanto pra mim quanto pra Impressões de Minas. Não posso falar pela editora, mas eu nunca tinha chegado nem perto de vender a quantidade de coisas que vendi em Brasília. Isso me deu muito ânimo de continuar. Me despedi das pessoas que conheci e com quem convivi na Feira durante o fim de semana, troquei rapidamente alguns materiais e já partimos pro carro em direção a algum lugar para comer. Meu ônibus partiria às 20:30 e eu não queria atrasar.
Zine ‘A Lâmina’, de Diogo RustoffZine da Coletiva BasurassParte interna do zine da BasurassLambe-lambe da Coletiva BasurassPrint de Ilsutração de KustellaAdesivos de diversos feirantesPublicidade do sanduíche da Gomes e Bebes
Fomos parar em um setor onde haviam vários restaurantes veganos. Escolhemos um que se chamava Japa Vegana, e logo já devoramos um Sushirrito (mistura de sushi com burrito). A comida tava muito boa, insanamente gostosa, e foi o fechamento perfeito desse final de semana intenso que eu passei em Brasília. Dois Sete e Natália me ajudaram muito, e a foto final, prestes a comer é muito simbólica do que foi tudo isso.
Nós três aguardando o rangoSushirrito
Volta pra Beagá
Claro que na volta pra BH tinha que ter acontecido alguma coisa. Da mesma forma como ocorreu na ida, o motorista implicou com as caixas. Disse que era mercadoria e que não poderia embarcar (diferentemente do outro que tentou me extorquir). Ao invés de três, agora eram apenas duas caixas e minha pasta A2. O motorista só aceitou despachar a mala depois que eu concordei em assumir o BO das caixas caso o ônibus fosse parado pela fiscalização. A alegria da volta, foi a surpresa de ter comprado um Semi-leito e ter ganhado um Leito individual. Pro meu conforto e pruma boa noite de sono, eu estava mais que satisfeito. Apaguei como uma rocha. Cansado, exausto, mas feliz com tudo que tinha acontecido no Motim. Beagá, por sua vez, me recebeu de braços abertos e me apertou forte com um engarrafamento na BR-040, de Neves até a Delta, e depois na Tereza Cristina. Foi ótimo ver o trânsito parado, acompanhando a massa de ar seco que pairava no horizonte. Só tenho a agradecer à todos que conheci em Brasília, à quem adquiriu obras, a quem compartilhou, ao Mello pelo evento fantástico, e aos amigos que reencontrei por lá. Me sinto bem.
Leito individual, com cortinas e assentos largosEngarrafamento de BH
Dias 6 e 7 de Maio estarei em Brasília participando do @edicoesmotim . Só chegar na Galeria dos Estados a partir das 11h e ver o tanto de gente foda que estará expondo por lá. Levarei algumas obras inéditas, gravuras clássicas, adesivos, prints e camisetas. Eu estarei na mesa 33, aos lados dos amigos da @impressoesdeminaseditora e do compa @_oberas
Dias 4 e 5 de fevereiro (a.k.a. próximo fds) estarei com banquinha montada na Feira Urucum. Esta Feira é organizada pela Editora Impressões de Minas, e fará parte do evento Verão Arte Contemporânea na FUNARTE. Só chegar chegando, que o evento tem uma programação bem daora, e durante todo o tempo estarei com minha banquinha aberta para receber vocês, colocar o papo em dia, fazer novas amizades, e pá.
Dia 27/04, das 13h as 20h, eu participarei de uma Feira de Impressos na Usina da Cultura, no Centro Cultural Nordeste (Rua Dom Cabral, 765, Ipiranga). Será um dia cheio de atividades, com uma programação bem massa. Parte dos organizadores, também eram produtores do Mercado Faísca, que eu expus durante muito tempo, então pode ter certeza que o evento será fino.