A pequena comunidade de Sasya conseguiu desenvolver um método de organização urbana que compreende espaços de moradia, de vida pública e de produção agrícola de subsistência. O método consiste em criar passagens concêntricas, como se fosse uma espiral, onde às margens dos passeios teríamos locais de moradias alternando com espaços de vida pública, parques, praças, passeios e locais de interesse como bibliotecas, centros de compartilhamento e feiras. No espaço compreendido entre fundos das moradias, existem plantações diversificadas, que vão de hortas a cereais e leguminosas, que se estendem entre passagens espiraladas.
O formato de desenvolvimento concêntrico ficou conhecido por seu habitantes como Grão, pois possui uma estrutura mais externa (locais de vida pública), uma mediana (moradias) e uma central protegida (plantações). Todas conformadas por passagens que, querendo ou não, te fazem trafegar por todos estes ambientes.
Sasyans compreenderam que construindo desta forma, todos seus habitantes poderiam usufruir das plantações e da vida pública, além de conseguirem ter relações aproximadas com seus vizinhos, que nunca estariam longe demais. Não existem passagens retilíneas e esquinas, mas trechos sinuosos que seguem um formato condizente com uma espiral.
Também, desta forma, não há construções que atrapalhem a passagem dos ventos, das águas e nem atrapalha o ecossistema de uma maneira geral. A forma que a comunidade se desenvolve respeita o traçado orgânico do meio ambiente.
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