Depois de haver escrito o post anterior, fiquei buscando mais fotos destes dias de pintura. Consegui encontrar mais algumas fotos. Lembrando que o Centro Comunitário do km 27 ficava bem próximo de uma Casa, religiosa, que cuidava de várias crianças abandonadas e órfãs. Foi outro local que pintei. Apesar de não ser nada religioso, não me importei em pitar um Jesus Cristo e um escrito “Jesus” no muro externo da Casa. Ao que parecia, e não me lembro muito bem, o trabalho que eles faziam era bem daora.
O representante do projeto Jóvenes en Acción, Adán, foi o contato pra fazer essas pinturas. Foi por causa dele que eu participei do concurso, e foi por causa dele que fomos pintar esses murais nesse bairro longínquo.
Em Ciudad Juárez tive contato com muitas experiências interessantes, projetos incríveis, que tenta correr atrás do tempo perdido nessa onda de violência. Imagina que há muuuitos anos atrás existia uma cidade mexicana chama Paso del Norte, que ficava no meio do deserto e era um local de passagem e pousada para quem viajava ao norte ou ao Pacífico. Nos meados do século XIX os Estados Unidos tomou grande parte do território mexicano, e a cidade foi, literalmente, divida em duas, tendo o Rio Bravo, que antes cortava a cidade, como novo marco delimitador de fronteira internacional. Hoje, temos de um lado Ciudad Juárez (que durante muitos anos ganhou o título de cidade mais violenta do mundo fora de zona de guerra), e do outro lado do rio temos El Paso (a cidade mais segura dos estados Unidos). Grande contradição, não é?


