Testando marcadores “tons de pele”

Uma das coisas que mais sinto dificuldades quando vou fazer trabalhos que envolvem pessoas é compreender, a partir de cores comuns, como reproduzir tons de pele. Meu daltonismo me impede de ter segurança para fazer essas coisas. Nesses kits de marcadores, tintas ou lápis de cor eu nunca sei exatamente o que estou vendo ou usando. Ultimamente, para conseguir fazer alguns estudos (e eu tenho certeza que meu amigo Daniel de Carvalho iria dizer que eu não precisaria disso, rs) eu tenho adquirido kits que já vem com a denominação “tons de pele”. Foram 2 kits de marcadores e 2 kits de lápis de cor (esses eu faço um post mais adiante falando sobre). Nesse post eu escrevo apenas sobre os marcadores Cis Graff Dual e o Faber-Castell Super Soft.
E o estudo começou com esboços feitos a partir de fotografias retiradas do Pinterest.

Esboços feitos a lápis numa folha de papel A3

Eu curto fazer o esboço de forma bem solta, sem me apegar muito a proporções ou exatidão à imagem original. Coloco poucos detalhes, poucos preenchimentos. Uso mais como uma referência inicial mesmo. Eu curto fazer assim para usar de uma maneira menos pragmática quando estiver preenchendo com os marcadores na mesa de luz. Eu curto essa maneira mais livre de fazer preenchimentos e detalhes, não me apego muito à representação “ideal” do real não.

Para a versão definitiva, utilizei papel Canson Bristol XL 180g A3, que não possui superfície tão porosa e a tinta adere bem, conferindo um resultado bem suave ao aplicar a tinta dos marcadores. Os brushes Faber-Castell Super Soft possuem uma boa transparência, reagindo bem às superposições de tonalidades, porém deixam em seu rastro uma leve textura, não sei se é por causa do papel. Também achei interessante as tonalidades que são bem quentes e terrosas, com o tom mais claro sendo bem contrastante com o tom mais escuro. Achei que os tons escuros são bem parecidos, fizeram pouca diferença ao meu olhar daltônico.
Os marcadores CIS Graff Duo possuem ponta dupla, uma chanfrada e uma fina, que não é brush, e ambas são bem rígidas. Elas possuem um bom grau de transparência também, e a sobreposição das tonalidades dá uma estética bem massa. Elas não deixam tanta textura no papel como as brushes Super Soft, ficam com uma aparência mais suave a meu ver. Achei a cor das tampas bem diferentes das tintas no papel e senti falta de tonalidades mais escuras. As cores são bem quentes, mas acho que caminham um pouco pr’uma coisa mais “pastel”.
Para alguns acabamentos, utilizei Uni-Pin brush preto e Posca branca 1-M. O resultado está a seguir.

São bons marcadores, fiquei com vontade de adquirir uma gama maior de cores e tonalidades, pra testar de outras formas também, mas acho que dá pra fazer umas peles com o que tenho nesses dois kits. Gosto de me divertir bem solto enquanto desenho e faço os testes, e com certeza essa foi uma experiência bem daora. Podem esperar que em breve eu soltarei mais testes desse tipo.

Publicado por

La Idea

um gravador, que faz gravuras; um bicicleteiro que anda de bicicleta; um rugbr que joga rugby.

2 comentários em “Testando marcadores “tons de pele””

  1. Carai, mano. Ficou foda.
    Eu adoro marcadores, mas como o próprio nome diz kkkk eu tenho dificuldade com a “marca” que eles deixam. Ainda não estou sabendo usar, talvez.

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